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A mostrar mensagens de março, 2019

Ajustagem de rolhas e frascos de vidro

            Na Nacional Fábrica de Vidros, depois FEIS - Fábrica Escola Irmãos Stephens, nos anos 40 do passado século, a operação de ajustamento de rolhas e frascos de vidro era feita num engenho onde era fixada a rolha que se pretendia ajustar ao frasco ou outro recipiente. O trabalhador segurava com uma das mãos o recipiente e ia apontando a sua “boca” à rolha, que rodava a grande velocidade, pressionando-o para encaixar. Com a outra mão ia colocando areia ou outro abrasivo, o qual, com a rotação da rolha, ia desgastando simultaneamente as duas peças até haver um perfeito ajuste.             Depois deste ajuste inicial procedia-se a um ajuste mais fino, recorrendo-se a um abrasivo muito fino. Esta operação deixava o interior do gargalo dos frascos fosco, o que obrigava o “rolhista” ao seu polimento. Isto conseguia-se colocando no engenho, no lugar onde estava a rolha, uma peça cónica de madeira, revestida de estopa (linho grosso) e ensopada em pasta de polimento. Com a forte rot

A inauguração do Teatro Stephens - 1941

            Foi inaugurado em 24 de Agosto de 1941, depois de, em 1935, ter sido demolido o velho Teatro Stephens. Este, por sua vez, tinha substituído o antigo Teatro da Fábrica (de vidros) criado pelos Stephens com o intuito de que os próprios operários ali representassem peças, se instruíssem e deleitassem ao mesmo tempo, fazendo entrar neste divertimento, oficiais, ajudantes e outros trabalhadores da fábrica. Ali foram também chamados mestres de música e dança para ensinar e ocupar os operários nas suas horas vagas.                         A inauguração do, então renovado, Teatro Stephens, ocorrida no referido dia 24 de Agosto de 1941, à noite, foi precedida da inauguração de “ O monumento de homenagem a Guilherme Stephens ”. Estas ocorrências foram objecto de notícia no jornal “O Mensageiro” de 30 de Agosto de 1941. In: “O Mensageiro” de 30 de Agosto de 1941 (excerto do publicado) O Teatro Stephens – Anos 40 do Séc. XX Interior do teatro – Anos 4

Justino de Magalhães – gravador de vidro, à roda

            A operação de gravar vidro, à roda, caracteriza-se pelo desgaste da superfície do vidro por acção de discos (rodas) de aço, cobre ou diamante num engenho muito semelhante ao usado na lapidação.             Os discos são de dimensões reduzidas, tendo apenas alguns milímetros de diâmetro e uma espessura muito fina.             Para motivos complexos, o gravador, com o disco em movimento, segue os traços do desenho previamente feito na peça. Para os motivos mais simples ou inscrições de texto, o gravador orienta-se por um desenho colocado a seu lado ou cria motivos próprios, fruto da sua imaginação e habilidade.             Justino Marques de Magalhães, gravador na extinta Fábrica-Escola Irmãos Stephens, era considerado como um dos maiores gravadores de vidro, à roda, a nível mundial.             «Nasceu na Marinha Grande, no dia 17 de Dezembro de 1906, filho de Conceição do Rosário Marques e de António Neto de Magalhães.             Descendente de uma família de a