Em 1862, no reinado de D. Luís, poucos
metros a Oeste do Mosteiro da Batalha, sobre a Ribeira da Calvaria, foi
edificada a Ponte da Boitaca, ligando a Vila da Batalha à antiga Estrada Real
que ligava Lisboa ao Porto, ficando a fazer parte dela.
“Apresentando um modelo neo-gótico,
a ponte é constituída por um tabuleiro rectilíneo, assente sobre seis arcos
quebrados intercalados por contrafortes. A amurada da ponte é decorada por
grilhagens e pináculos, colocados no topo dos contrafortes.
Nos extremos da edificação foram
edificados quatro pavilhões de planta rectangular, que assentam sobre bases em
talude e são rematados por ornamentos de cantaria, flores-de-lis e pináculos.”.
(1)
Segundo um texto afixado num dos
pavilhões, aparentemente da autoria do Rancho Folclórico Rosas do Lena
(Rebolaria/Batalha), “(…) na sua construção foram utilizados materiais do
terceiro claustro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o claustro
quinhentista de D. João III, destruído na terceira invasão francesa
(1810/1811).
No final da década de 20 do século
XX foi-lhe acrescentado um sétimo arco, de volta redonda, no seu extremo sul,
para dar passagem à linha férrea do ramal do Lena, que ligava a Batalha e Porto
de Mós à estação da Martingança na linha do Oeste.
(…) tem nos dois extremos as casas
dos portageiros (pavilhões), o que a torna única em Portugal.
A evocação do nome do célebre Mestre
Boitaca (Boytac), na designação da ponte, deve-se ao facto do Mestre ter tido
no local uma propriedade no século XVI, pelo que o sítio ficou conhecido pela
Boitaca. Boitaca morreu cerca de 330 anos antes da ponte ser construída.”
Esta ponte, que foi objecto de obras
de restauro em 1988, está classificada como Imóvel de Interesse Público e
insere-se na zona especial de protecção do Mosteiro da Batalha.
Vistas de norte
Vista de Oeste
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