Na Nacional Fábrica de Vidros,
depois FEIS - Fábrica Escola Irmãos Stephens, nos anos 40 do passado século, a
operação de ajustamento de rolhas e frascos de vidro era feita num engenho onde
era fixada a rolha que se pretendia ajustar ao frasco ou outro recipiente. O
trabalhador segurava com uma das mãos o recipiente e ia apontando a sua “boca”
à rolha, que rodava a grande velocidade, pressionando-o para encaixar. Com a
outra mão ia colocando areia ou outro abrasivo, o qual, com a rotação da rolha,
ia desgastando simultaneamente as duas peças até haver um perfeito ajuste.
Depois deste ajuste inicial
procedia-se a um ajuste mais fino, recorrendo-se a um abrasivo muito fino. Esta
operação deixava o interior do gargalo dos frascos fosco, o que obrigava o
“rolhista” ao seu polimento. Isto conseguia-se colocando no engenho, no lugar
onde estava a rolha, uma peça cónica de madeira, revestida de estopa (linho
grosso) e ensopada em pasta de polimento. Com a forte rotação desta peça sobre
o interior fosco do gargalo do frasco, e com a acção da massa de polir, este
acabava por ficar polido.
Ajustagem de rolhas
aos frascos
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