O pelourinho da Pederneira é um dos
mais insólitos monumentos relacionados com o estatuto concelhio de localidades
portuguesas. É um tronco silicificado de uma conífera cretácica, colocado sobre
a base do antigo pelourinho em 1886, quando aquele já havia desaparecido.
Implanta-se no principal largo do aglomerado, na Praça Bastião Fernandes, junto
da antiga casa da Câmara e muito perto da Igreja Matriz.
Na origem, a Pederneira foi uma das catorze vilas dos coutos de Alcobaça, datando a primeira notícia acerca da sua existência do reinado de D. Sancho I, em documento onde o monarca condenou algumas atitudes menos próprias por parte dos habitantes da localidade contra o prior do mosteiro cisterciense, que detinha a tutela sobre o território.
A 1 de Outubro de 1514, D. Manuel I concedeu-lhe foral novo, o que prova a importância da vila no quadro quinhentista do Oeste. Durante os três séculos seguintes, Pederneira foi sede de município, até ser integrada no concelho da Nazaré já no século XIX.
Desconhece-se a configuração do pelourinho manuelino. Dele apenas resta a plataforma que serviu de base de sustentação, composta por quatro degraus de secção octogonal, tipologia que é característica dos primeiros anos do século XVI.
Não estão igualmente clarificadas as razões que levaram ao desaparecimento do monumento construído no século XVI, nem tão pouco o porquê da opção por tão insólita substituição, sendo certo que o tronco de árvore que hoje serve de fuste tosco e irregular estaria num local de certa relevância simbólica, a ponto de ser integrado no imaginário dos habitantes da vila.
Excertos do publicado em:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73951
Na origem, a Pederneira foi uma das catorze vilas dos coutos de Alcobaça, datando a primeira notícia acerca da sua existência do reinado de D. Sancho I, em documento onde o monarca condenou algumas atitudes menos próprias por parte dos habitantes da localidade contra o prior do mosteiro cisterciense, que detinha a tutela sobre o território.
A 1 de Outubro de 1514, D. Manuel I concedeu-lhe foral novo, o que prova a importância da vila no quadro quinhentista do Oeste. Durante os três séculos seguintes, Pederneira foi sede de município, até ser integrada no concelho da Nazaré já no século XIX.
Desconhece-se a configuração do pelourinho manuelino. Dele apenas resta a plataforma que serviu de base de sustentação, composta por quatro degraus de secção octogonal, tipologia que é característica dos primeiros anos do século XVI.
Não estão igualmente clarificadas as razões que levaram ao desaparecimento do monumento construído no século XVI, nem tão pouco o porquê da opção por tão insólita substituição, sendo certo que o tronco de árvore que hoje serve de fuste tosco e irregular estaria num local de certa relevância simbólica, a ponto de ser integrado no imaginário dos habitantes da vila.
PAF
Excertos do publicado em:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73951
O Pelourinho da
Pederneira
Classificado como IIP
- Imóvel de Interesse Público
Decreto n.º 23 122,
DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
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