As condições de vida da classe trabalhadora e a publicação em Setembro de 1933 do “Estatuto do Trabalho Nacional e Organização dos Sindicatos Nacionais” levaram os trabalhadores a um processo de luta social e sindical, de contestação à ofensiva corporativa contra os sindicatos livres e pela melhoria das suas condições de vida, vindo a culminar na insurreição nacional de 18 de Janeiro de 1934. O movimento, liderado por operários vidreiros em articulação com organizações sindicais nacionais, que pretendia ser de luta nacional contra o Estado Novo, teve a sua maior expressão na Marinha Grande, e dispunha-se a paralisar todas as fábricas locais, mas, ao contrário do que esperavam os seus organizadores, e embora tenha havido greves e manifestações em algumas zonas de maior concentração operária como: Lisboa, Coimbra, Silves, Barreiro, ou Setúbal, o levantamento não teve a mesma expressão em todo o País e foi facilmente esmagado e contido pelas forças de repressã